Como os movimentos que acreditamos e sentimos tão naturais podem na verdade ser uma construção tão complexa e incrível? Não recordamos como ocorreu, mas ficar em pé foi uma tarefa árdua de meses de esforços, prática, tentativas mal sucedidas até lograrmos, ao ponto em que nenhum de nós nos questionamos o nosso nível de perfeição neste quesito. Ficar em pé, andar e correr é só a base de um conjunto de habilidades que os seres humanos desenvolvemos, até que alguns de nós elegemos alguma destreza específica pela curiosidade ou pela paixão por aquele determinado movimento, sensação. Anos de prática em diferentes possibilidades de movimento com o corpo ao final levaram a artista Gabriela Rojas ao tecido acrobático. Há poucos meses do nascimento da sua filha, a artista se inspirou nos movimentos do seu bebê, buscando aliar a dicotomia entre ser mãe e acrobata aérea, entre construir o movimento incipiente até o seu sublime aperfeiçoamento, lapidado por muitos anos, conquistando assim o ar.
Ficha Técnica
Intérprete: Gabriela Rojas
Produção: Bruna Pessoa (Tempo Aberto)
Gabriela Rojas é artista circense, natural de Buenos Aires (Argentina). Formada em educação física pelo Instituto Superior de Educação Física No1, Dr. Enrique Romero Brest, em 2016. Há 8 anos ministra aulas de circo e de acrobacias aéreas em escolas de Buenos Aires e atualmente em Fortaleza. Participou de Variètes nos espaços Trivenchi, El Pasillo, Pichincha, Espacio Cultural, Quintal Aéreo e Galpão da Vila, além de espetáculos como Sálvese Quien Pueda(2013-2015), “A metros del borde" (2014) e espetáculo “Variètoche”. No Brasil, já ministrou oficinas e workshops de acrobacia aérea no Galpão da Vila, Quintal Aéreo – Fortaleza e Tropa Trupe – Natal, Vila das Artes e Caixa Cultural.
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